6º Papa Alexandre I
Papa Alexandre I (Roma, Itália, c. 115) foi o bispo de Roma de c. 105 até sua morte c. 115. O Anuario Pontifício da Santa Sé (2012) o identifica como um romano que governou de 108 ou 109 até 116 ou 119. Alguns acreditam que ele foi martirizado pelo imperador trajano ou Adriano, mas isto é improvável.
Vida e lenda
De acordo com o Liber Pontificalis, foi Alexandre I quem inseriu a narração da Última Ceia (o Qui pridie) na celebração católica do Santo Sacrifício da Missa. No entanto, no artigo sobre Santo Alexandre I na Enciclopédia Católica de 1907, Thomas Shahan julga esta tradição como sendo imprecisa. Especialistas tanto católicos quanto não-católicos consideram esta tradição como imprecisa.[2] Isso é visto como um produto da agenda do Liber Pontificalis - esta seção do livro foi provavelmente escrita no final do quinto século - para mostrar um padrão antigo dos primeiros bispos de Roma governando a igreja por decreto papal.
A introdução dos costumes de usar água benta misturada com sal para a purificação de lares cristãos de más influências e de misturar água com o vinho sacramental são atribuídas ao Papa Alexandre I. Algumas fontes consideram estas atribuições improváveis. É, certamente, possível, porém, que Alexandre tivera um papel importante no desenvolvimento das emergentes tradições litúrgicas e administrativas da Igreja de Roma.
Uma tradição posterior afirma que no reinado do Imperador Adriano, Alexandre I converteu o governador romano Hermes por meios milagrosos, juntamente com toda a sua casa com 1 500 almas. São Quirino de Neuss, que era suposto carcereiro de Alexandre, e a filha de Quirino, Santa Balbina, também estavam entre seus convertidos.
Diz-se que Alexandre teve uma visão do menino Jesus.[3] Seus restos mortais parecem ter sido transferidos para Freising, na Baviera, Alemanha, em 834 d.C..[2]