Queria Ser!

Queria ser como estrelas;
Que brilham nos céus, mas, são intocáveis;
Mas, não sou. Eu sou um ser humano;
Que pela própria essência, às vezes sou forte;
Às vezes sou extremamente fraco, a ponto de não admitir a própria fraqueza.

Isto é resistência.

Queria ser como o sol, que brilha e emana o seu calor ardente intenso;
Mas, não sou como ele e o meu brilho às vezes é ofuscado pelo brilho dos outros astros;

Mas, não desisto.

Queria ser como pássaros;
Que voam livres pelos ares, sem lar nem raiz.
Mas, às vezes me sinto uma árvore;
Que de tão enraizada, não sai do lugar;
Me sinto condenado a viver eternamente;
Em vários tempos e no mesmo lugar.

Não queria ser como uma pedra, fria, dura e insensível e condenada a viver sempre naquele mesmo lugar e ser grande e pesada, mais condenada a permanecer naquele mesmo lugar. Se fosse leve, talves teria o infortúnio de ser movida e transformada em pó por alguém determinado a dar fim nesta trajetória, ou talves um tropeço qualquer de alguém desavisado.

Talves se for menor ainda do tamanho de uma bolinha de gude, quem sabe ser apanhada por um gurí e ter o infortúnio de ser arremessada por uma baladeira numa direção qualquer e um destino incerto, talves até parar no fundo de um poço, viver eternamente submersa sem que ninguém jamais a visse, ou parar em uma vidraça e estilhaçá-la por completo.

Queria ser um astro vagabundo vagando pelo espaço sem nunca parar, visitando mundos e não conhecendo nada levando uma vida de excêntrico vagabundo sem leis e sem regras para cumprir.

Queria ser como as águas dos rios, sempre caudalosas e que sem repressão correm lentamente e letalmente para se misturarem com as águas do mar, que, de tão doces passam a serem salgadas intoleradas por muitos e agradadas outros.

Enfim, queria ser aquilo que sou, mas, nem sempre sou o que quero ser. Querer ser é natural do ser humano. Por isso, sou o que sou.

Como já dizia , o escritor : A frase "Ser ou não ser, eis a questão" vem da peça A tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca, de William Shakespeare. Encontra-se no Ato III, Cena I e é frequentemente usada como um fundo filosófico profundo. Sem dúvida alguma, é uma das mais famosas frases da literatura mundial.

Abraços
EJ...!!!