Há muito tempo a humanidade vem sendo muito relutante em relação a debates sobre muitas questões fundamentais de existência da própria espécie.

Nos comparamos com a semente de trigo. É assim: Um  certo dia fomos semente. Aquela fase inicial, onde estávamos ainda na fecundação, . Maravilhoso! Fase muito bela, cheia de conhecimentos novos, aprendizado e nada pra lembrar, pois tudo era muito novo.

Fase seguinte: viramos planta e daí nos reproduzimos e multiplicamos os grãos, amadurecemos e vivemos tranquilamente etc...

Fase da massa do pão. Hoje somos a massa do pão literalmente. A massa aumenta com a fermentação, viramos pão e este pão alimenta mais pessoas, que eram sementes, viraram trigo e posteriormente virarão farinha e consequentemente massa também.

Fase pior é a parte onde os ingredientes se somarão à massa e desta massa vem o pão e que terá de ser assado...Virará comida para todos...Não é o nosso caso.

Mas, de um jeito ou de outro, nós somos massa literalmente e de uma forma ou de outra somos ao mesmo tempo consumidos, quer seja pelo que somos ou da maneira que agimos, somos consumidos realmente.

O tempo se encarrega de nos consumir. Aquela massa que éramos no passado, não a somos hoje. Tudo tem o seu tempo. Existe tempo para tudo nesta vida. Até o tempo de finalizar a nossa existência. Deus , na sua infinita sabedoria pôs as coisas, cada uma em seu lugar distintamente.

Nós, ao nos enxergarmos no espelho, não notamos de uma vez só, o quanto estamos envelhecendo, o envelhecimento é gradativo, lento , perene e contínuo. Desse modo, nunca iremos perceber da noite para o dia o quanto ficamos mais velho e mesmo com o aparecimento dos cabelos grisalhos, a face ainda continua rígida.

O nosso espírito é sempre jovem, ele nunca envelhece e permanece forte, esperto e com vontade de sempre ir em frente.

O espírito é semelhante ao jogador de futebol, que na sua plena juventude o acompanha, mas, à medida que joga e o tempo passa, às vezes uma bola que lhe é lançada, ele não consegue alcançá-la. O espírito dele diz para ir em frente, mas, o corpo já não responde concomitantemente.

É então chegada a hora de finalizar os trabalhos aqui. Da semente, ao trigo, do trigo à massa e da massa ao pão, que servirá de alimento para tantos outros que virão. O povo não para, o crescimento é constante, a população aumenta a cada dia e mesmo havendo as baixas, com as mortalidades naturais.

Não devemos entrar em pânico e não seremos tão céticos em relação à capacidade humana de inventar e transformar, pois o ser humano está em constante transformação e as mudanças são gradativas.

Abraços
John