Lá estava o senhor com uma pequena arma branca em suas mãos, acuado num canto de muro. Quatro ou seis rapazes tentavam lhe roubar o seu dinheiro de aposentadoria que acabara de ser sacado num postinho de um banco.

Era mais ou menos 11:48 , quando pós os seus pés na calçada e logo em seguida em passos rápidos saiu do banco e como não tinha nenhuma bolsa, levava em suas próprias mãos aquela quantia irrisória em termos de valores, pois, tinha acabado de sacar sua aposentadoria mínima. A moça do caixa lhe repassou tudo em notas de 10 e 5 reais, pois, não haviam outras cédulas. Era um volume razoável. O velho ficou doido , só de pegar naquele pacote. Era o seu primeiro pagamento, então imagine só a euforia naquele momento. Enquanto andava a passos apressados, passaram muitas coisas por aquela cabecinha embranquecida pelo tempo e rosto enrugado pelo suor, pelo sol e trabalho durante anos.

Continuou sua breve caminhada e logo dobrando a próxima esquina, quase chegando em sua casa, deparou-se com um bando de desocupados, maloqueiros, consumidores de drogas ilícitas e bebidas alcoólicas. O velho já conhecia alguns deles. Eram pessoas realmente desocupadas e viviam por ali, bebendo e abusando das moças da região. Eles o pegaram num canto de muro, mas o velho agarrou-se com o seu pacote, que estava embrulhado em jornais velhos com notícias do mes passado. Um moreno deu-lhe uma rasteira e em seguida o velho foi ao chão e com isto bateu com a cabeça no meio fio. Ficou meio tonto, mas, conseguiu soerguer-se, lançou mão de uma faquinha e chamou-os para a briga. "O velho era aposentado, mas, na sua juventudo trabalhou de guarda noturno e nas horas de folga praticava artes marciais. Não tinha a força de antes, mas, muitos golpes ainda sabia aplicar. O moreno achou que era moleza e partiu para cima do velho, e num só golpe o velho arrancou sua orelha, foi sangue pra todo lado. Vieram outros e o velho acertou todos que vieram. Atacaram com pedras e paus, mas, o velho não abandonou sua faquinha, que era a sua única arma, desviava de pedras e de paus e o último dos seis rapazes parecia não querer atacar, mas o velho correu atras desse, que por sua vez usava um capuz preto e talves não queria ser identificado. O  velho correu e alcançou o garoto de uns dezessete anos, segurou-o  pela gola da camisa e aplicou-lhe um golpe  e o caroto sucumbiu. O velho ficou curioso e arrancou a sua máscara e para sua grande e triste surpresa era um neto seu. O garoto engendrou toda a trama, sabia de todos os passos do avó e combinou com os outros malas da rua, pois, queriam o dinheiro para gastar com as vagabundas e vadias do local e beberem cachaças e usarem suas drogas. Mas, não sabiam que o velho era duro na queda e entraram para esta triste aventura. No final foram todos para a cadeia, inclusive o seu netinho querido, mas, o velho não hesitou em chamar a polícia e entregar todos à justiça, pois, disse: antes ver seu neto ergastulado num destes cubículos do que ter que exumá-lo algum dia para reconhecimento do cadáver.

Mas, uma bela lição eles puderam aprender e é como aquele velho ditado, "Nunca julgue uma pessoa pelo cabelos brancos, mas, ao contrário do ditado, este não era um canalha que envelheceu, mas, um homem de bem que envelheceu , mas, nunca perdeu as forças".
Seguiu assim o seu caminho e com as suas economias resolveu convidar a sua amada para um jantar...!!!E viveram uma noite momorável, digna de um sultão...Pelo menos esta noite ele foi feliz...!!!


Abraços
JOhn...!!!