O GRITO
27-02-2009
Elias João
- Eu estava numa estrada sem fim e caía a noite.O meu carro andava pela auto estrada, abrindo caminho com seus faróis.A neblina ofuscava a minha visão. A velocidade estava muito alta. Dirijia velozmente, pois, não tinha muito tempo.
- Meu tempo estava se esgotando, olhava sempre para o relógio e parecia que ele girava mais rápido, preferiria que ele girasse com menor velocidade, mas, não tinha jeito, o tempo passava sem que nós pudessemos perceber, os ponteiros , tanto do velocímetro quanto do relógio, estavam disparados.
- Precisava de mais tempo e chegar o mais rápido possível, mas, ela não aguentaria por muito tempo,pois, sua vida estava por um fio. Acelerava mais e mais.
O motor já não agüentava mais, eu estava forçando-o demais, começou a fumar. Os pneus estavam se desmanchando pela estrada e o vulcão vomitava lavas quentes, vapores de água e enxofre.
- Vomitava rochas inteiras e rochas derretida, numa temperadura de mais de até 1100ºC graus celsius.
Eu não tinha mais saída, pois, a estrada estava cercada pelos dois lados.
As lavas começaram a derreter os pneus do carro. Eles já não existiam mais e estavam rodando somente nos frisos.
Tive que pular do carro e via de longe o carro de desmanchando no rio de pedra derretida e ouvia apenas o seu grito de agonia e este grito ainda ecoava em meus ouvidos.
Meu lamento e porque se tivesse andado mais uns dez metros, estaríamos todos a salvo. Mas o seu destino a levou com o seu mal incurável, a doença, a maldade, arrogância. prepotência, usura, soberba.
Agora tudo se acabou, virou cinzas, restou apenas o seu grito outrora latente e que não dá descanso aos meus ouvidos.
Triste fim...!!!